Montagem
com fotos de Marcus Rinco (União), Fernando Morandi
(PSB), Eduardo Lima (PSB), Fabiano Francisco da Silva
(MDB), Manoel Nascimento (Republicanos) e Gilvan Macedo
(Avante), da esquerda à direita. Foto: Reprodução /
Terra
Prefeito
e 5 vereadores eleitos em 2024 estão na lista
suja do trabalho escravo
6
políticos eleitos em 2024, de 5 estados, são
responsáveis por negócios multados por terem
trabalhadores em condições análogas à escravidão
(Terra)
- Um prefeito e cinco vereadores eleitos em
2024 estão na Lista
Suja do trabalho escravo divulgada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em outubro
passado.
Eles são responsáveis por empreendimentos multados
por manterem trabalhadores em condições análogas
à escravidão.
O cruzamento de dados entre os 63 mil prefeitos
e vereadores eleitos no ano passado com os 717
nomes de pessoas e empresas que apareceram na
última edição da listagem feita inicialmente
pelo G1 e confirmada pelo Terra. O governo divulga
a lista desde 2003.
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Os
políticos em questão são:
Marcus Rinco (União),
prefeito de Alto Paraíso de Goiás (GO) -
proprietário da Nascente Agro-Industrial, com
6 trabalhadores submetidos a condições análogas
a escravidão. A ação fiscal ocorreu em 2021.
Fernando Morandi (PSB),
vereador de Porto Vitória (PR) - proprietário
da Cerâmica e Carvoaria Morandi, com 3 trabalhadores
submetidos a condições análogas a escravidão.
A ação fiscal foi em 2022.
Eduardo Lima (PSB), vereador
de Beberibe (CE) - proprietário da Fazenda
Pimenteiras, com 22 trabalhadores submetidos
a condições análogas a escravidão. A ação fiscal
foi em 2022.
Fabiano Francisco da Silva
(MDB), vereador de Vera Mendes (PI) -
proprietário da pedreira Saco do Fundo, com
10 trabalhadores submetidos a condições análogas
a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Manoel Nascimento (Republicanos),
vereador de Amarante (PI) - proprietário
da Pedreira Areia & Pedra Velha Monge, com
22 trabalhadores submetidos a condições análogas
a escravidão. A ação fiscal foi em 2022.
Gilvan Macedo (Avante),
vereador de Ipirá (BA) - proprietário
da GM Transportadora e Logística, com 5 trabalhadores
submetidos a condições análogas a escravidão.
A ação fiscal foi em 2023.
Nenhum dos seis foi condenado de forma definitiva
pela Justiça pelo crime --único fator que o
impediria de exercer seus cargos.
Estar com o nome da lista suja do trabalho escravo,
por si só, não os impede de seguir atuando.
O Terra acionou os políticos citados em busca
de posicionamentos sobre a questão. Os contatos
de Fabiano Francisco da Silva (MDB) e Manoel
Nascimento (Republicanos) não foram identificados.
O espaço segue aberto para manifestações e será
atualizado em caso de respostas.