O coronavírus é uma ameaça ao povo ipiraense? Consciente do perigo que corre, Ipirá Negócios, foi para as ruas centrais de Ipirá (BA), para mais uma vez levar as informações diárias para a comunidade.

MOMENTOS DE GRANDES SACRIFICIOS PARA O EMPRESARIADO IPIRAENSE

O momento vivido por Ipirá tem sido de grande sacrifício para toda a comunidade, principalmente para sua classe empresarial, onde apesar de todas as dificuldades inerentes a qualquer empresário brasileiro, a totalidade do empresariado local tem buscado cumprir os Decretos Municipais, que determinou o fechamento do comércio (PREFEITURA DE IPIRÁ DETERMINA FECHAMENTO DO COMÉRCIO PARA CONTER O CORONAVÍRUS), inclusive Bares e Restaurantes (PREFEITURA DE IPIRÁ DECRETA FECHAMENTO DE BARES E RESTAURANTES).

Ipirá Negócios, além de mostrar a garra com que o empresariado Ipiraense tem enfrentado a situação, apoiando as determinações judiciais, também tem demonstrado o seu apoio e mostrado a necessidade de se apoiar e acatar os Decretos municipais. Inclusive, apesar dos riscos à saúde, temos estado nas ruas, todos os dias, mostrando os pontos positivos e negativos vividos neste período preventivo a contaminação pelo Covid-19 .

GOVERNO MUNICIPAL PUBLICA PENOSOS EDITAIS, CUMPRIDOS PELO POVO IPIRAENSE

Em seus Decretos, o Governo Municipal tem ressaltado que: "Os Decretos Municipais, seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que considera o isolamento social a principal estratégia de prevenção".

Os editais ainda comunicam: "O descumprimento das medidas previstas no presente Decreto, ensejarão a tomada de medidas enérgicas por parte do Poder Público Municipal, que poderá exercer o seu papel de polícia administrativa". As medidas vigoram até as 25h:59min do dia 30 de março.

NO CENTRO DE ABASTECIMENTOS DE IPIRÁ PARECE NÃO EXISTIR A AMEAÇA DO COVID-19

Voltando a pergunta feita no início da matéria (O coronavírus é uma ameaça ao povo ipiraense?). Se é uma ameaça, não é o que pareceu ser hoje, no dia 25/03/, dia da Feira Livre de Ipirá. O questionamento surgiu e é real, depois do que presenciamos hoje (25), no quarto dia, depois das medidas editadas pela prefeitura, para coibir a disseminação do Covid-19 no município.

Em visita ao Centro de Abastecimentos, sob a administração da Empresa DMO, hoje (25), dia da Feira Livre do município, fiquei perplexo, pois no local é como não existisse a mínima menção ao famigerado, Covid-19, praga que atualmente já ceifou a vida de quase 15 mil pessoas no mundo.

DMO É A EMPRESA QUE MANDA NO CENTRO DE ABASTECIMENTOS

Lembrando que o Centro de Abastecimentos é uma unidade construída com recursos do povo de Ipirá, e que hoje, através de concessão do governo atual (Marcelo Brandão), encontra-se sob a total administração e exploração pela empresa citada (DMO). Empresa, antes totalmente desconhecida pelo povo ipiraense, verdadeiro dono do recinto. Empresa esta, que o único interesse e afinidade com o povo ipiraense é apenas explorar comercialmente o centro, onde antes o feirante local vendia livremente os seus produtos, sem nada pagar, e hoje, para que o ipiraense possa vender um cacho de bananas, ou um litro de feijão, tem antes que pagar o tributo para a detentora dos direitos de exploração do local, a já citada DMO.

COMÉRCIO DE IPIRÁ JÁ ESTÁ COM AS PORTAS FECHADAS HÁ TRÊS DIAS

Apesar de todo o sacrifício enfrentado pelo comércio ipiraense, os lojistas mantem as suas portas fechadas, já há três dias, e milhares de estudantes das escolas municipais estão em casa, para cumprirem as determinações municipais, sendo que a principal razão alegada pelo Poder Público municipal é 'EVITAR AGLOMERAÇÕES DE PESSOAS'.

Infelizmente, estas determinações, cumpridas pelo povo e todo o empresariado ipiraense, não foram extensivas ao Centro de Abastecimentos.

Hoje (25), no Centro de Abastecimentos, as 10h:30min, horário que lá estivemos, centenas de pessoas circulavam pelo local, extremamente aglomerados, não existia a mínima fiscalização por parte da empresa, não vimos um único guarda municipal.

Ao encontrar um conhecido empresário local, Arturo Filho, o mesmo disse: "Estou chocado, possuímos duas lojas, ambas fechadas, para EVITAR AGLOMERAÇÕES DE PESSOAS, segundo os comunicados municipais, coisa que não está existindo aqui", disse o empresário, triste com a situação presenciada.

Se existe sacrifício, este sacrifício tem de ser de todos, não é justo o empresariado local estar se sacrificando e a DMO, que é também uma empresa, de fora, não estar também passando pelo sacrifício passado pelas empresas ipiraenses.

NÃO SOMOS A FAVOR DO FECHAMENTO DO CENTRO DE ABASTECIMENTO

Não somos a favor do fechamento do Centro de Abastecimento, mas uma ameaça existe, os tempos não são normais, o próprio Governo Municipal reconhece a ameaça ao Covid-19.

Somos a favor de atos administrativos, a exemplo dos já adotados por diversas Feiras Livres de outros municípios, onde uma das medidas é o controle de pessoas no recinto, onde uma quantidade de pessoas entra, e depois com o tempo outra quantidade de pessoas torna a entrar, depois da outra já ter saído. O que não pode é sacrificar o empresariado local, com pesados sacrifícios e comportar-se com a DMO, também uma empresa, como se lá não existisse a ameaça ao Covid-19.

A maneira como o Centro de Abastecimentos está enfrentando a situação está colocando em perigo, expondo o povo de Ipirá a um risco reconhecido pelo próprio Poder Público, que por outro lado, agindo assim, está sendo insensível com o purgatório por que passa o empresariado local, para respeitar um mesmo perigo apontado por este mesmo Poder Público, que tanto tem exigido do comerciante local.

É muita incoerência, em uma parte da cidade exigir um comportamento de sacrifícios, em outra parte da cidade comportar-se como não existisse o mesmo problema já apontado na outra parte. Como diz o ditado popular, o Governo Municipal está agindo com "Dois pesos e duas medidas".

Salientando, que se alguma medida foi tomada, no momento, o que discutimos e expomos aqui é a presença de grandes aglomerações em diversos lugares da feira, aglomerações estas, impossíveis de serem negadas, de acordo com as fotos abaixo

Aglomerações no Centro de Abastecimentos de Ipirá, nesta quarta-feira (25), quando as medidas do Governo Municipal, fechando as lojas comercias, são para EVITAR AGLOMERAÇÕES

Aglomerações no Centro de abastecimentos, 25/03. Cadê a fiscalizacão do Poder Público Municipal?

Aglomerações no Centro de abastecimentos, 25/03. Cadê a fiscalizacão do Poder Público Municipal?

AGLOMERAÇÕES NOS SUPERMERCADOS, HOJE (25)

Na matéria de ontem (24/03) (IPIRÁ ENFRENTA O 3º DIA DE PREVENÇÃO AO COVID-19), Ipirá Negócios já havia chamado a atenção para o problema do Centro de Abastecimento, também chamamos a atenção para as aglomerações no interior dos Supermercados.

Hoje, dia da feira, ficamos mais uma vez chocados com as extremas aglomerações no interior dos Supermercados proximos ao Centro de Abastecimentos, onde além de cheios, a maioria dos funcionários não faziam uso de máscaras faciais.

Mais uma vez notamos a total ausência de fiscais da prefeitura, nada do poder público municipal.

Aglomerações nos Supermercados, próximos ao Centro de Abastecimentos de Ipirá, nesta quarta-feira (25), quando as medidas do Governo Municipal, fechando as lojas comercias, são para EVITAR AGLOMERAÇÕES

Aglomerações nos Supermercados, 25/03. Cadê o Poder Público Municipal?

Aglomerações nos Supermercados, 25/03. Cadê o Poder Público Municipal?

FILAS NO CENTRO DE IPIRÁ, HOJE (25)

25/03 - Aglomerações, filas enormes, sem adotar as medidas necessárias. Cadê o Poder Público Municipal?

25/03 - Aglomerações, filas enormes, sem adotar as medidas necessárias. Cadê o Poder Público Municipal?

COMÉRCIO FECHADO PARA EVITAR AGLOMERAÇÕES

Francamente, depois de hoje, como já disse o cidadão na matéria de ontem, "Vamos rezar para que Deus se lembre que é brasileiro", porque com o prefeito que temos, onde quer que os empresários se sacrifiquem, mas não está fazendo a sua parte, fica muito difícil.

Com o empresariado local o prefeito assume atitude que é preciso seguir as determinações mundiais, buscando acabar com as AGLOMERAÇÕES, e manda fechar o comércio. Já no Centro de Abastecimento o prefeito age como se não precisasse evitar as AGLOMERAÇÕES.

Assim está muito difícil, muito sacrifício com o empresariado local, que tem que combater as AGLOMERAÇÕES, já a DMO, fica abanando os braços, contabilizando os lucros, como se lá no Centro as AGLOMERAÇÕES não fossem problema.

Enquanto as aglomerações acontecem em diversos locais da cidade o comércio mantém as portas fechadas, se sacrifica, esperando, confiando, que o poder público estivesse fazendo a sua parte.

Sé a principal razão do Comércio estar fechado é para EVITAR AGLOMERAÇÕES, como o Governo Municipal, apesar do sacrifício imposto ao empresariado local, explica todas estas AGLOMERAÇÕES mostradas no Centro de Abastecimento, nos Supermercados e nas Filas existentes, sem nada fazer?

COMO FICA O ESTÍMULO DO EMPRESARIADO, DEPOIS DE VER TANTAS AGLOMERAÇÕES NO CENTRO DA CIDADE?

Como fica o estímulo do empresariado, depois de ver tantas aglomerações no centro da cidade? Os lojistas com lojas fechadas, pegando o pesado da situação, com sacrifícios, com prejuízos, mas sem a contrapartida séria, fiscalizadora, forte, responsável e determinada do Poder Púbico?

Em uma situação tão difícil, com o empresariado no purgatório, fazendo a sua parte, o lojista tem que sentir a firmeza do Poder Público, como um verdadeiro parceiro de sacrifícios. Se por outro lado, o empresariado sentir o titubear, o falseamento, a irresponsabilidade do Poder Público, aí vai tudo por água abaixo

Afinal, estamos ou não, em estado de calamidade pública? Sé sim, as aglomerações representam um risco a ser evitado só para uma parte do empresariado? As aglomerações não representam risco quando estão acontecendo no Centro de Abastecimentos, nos Supermercados? Continuando a incoerência, será preciso que o empresariado local, juntamente com os vereadores, tenham uma conversa séria com o Gestor Municipal. É preciso que o empresariado, os vereadores, 'Batam forte na mesa do Prefeito' (termo que o próprio prefeito tanto usou nas críticas aos prefeitos anteriores).

É preciso que se cobre ao prefeito, uma postura com mais fiscalização, com medidas para a Feira Livre, os Supermercados, as Filas enormes, etc.

A falta de fiscalização, de apoio, responsabilidade e determinação do poder público, pode pôr por terra todo o sacrifício da classe lojista, e começar por minar o estimulo da classe empresarial, por ser a parte a estar tomando o 'remédio amargo', que deve ser dividido por todos, e ter a contrapartida de verdadeira parceria do Poder Público, fazendo a sua parte.

Veja abaixo, fotos de lojas do centro, nesta quarta-feira (25), fechadas, “para evitar aglomerações”, embora no Centro de Abastecimentos as aglomerações fossem uma constante, nesta mesma quarta (25)