A
distribuição de qualquer tipo de sacolas
plásticas será proibida na China a partir
de junho, anunciou nesta terça-feira o governo
do país.
A medida serve para acabar com a poluição
causada pelo desperdício das sacolas.
Além das sacolas, também ficará
proibida a produção, distribuição
e utilização de saquinhos de plásticos
ultrafinos, com 0,025 mm de espessura, que são
normalmente utilizados para embalar vegetais e frutas
nos supermercados.
Com a decisão, o governo espera ver consumidores
chineses retomarem o antigo e ecológico hábito
de ir às compras com suas próprias
bolsas de pano e cestos de vime.
"Os sacos plásticos finos se tornaram
uma das principais fontes de poluição,
pois arrebentam facilmente e são descartados
sem cuidado", diz um comunicado do governo.
A China consome cerca de 3 bilhões de sacolas
plásticas por dia, informou o jornal estatal
China Daily nesta quarta-feira.
Matéria prima
O governo chinês também espera que
a nova medida ajude a economizar uma boa quantidade
de petróleo, matéria prima utilizada
na fabricação do plástico.
Segundo o jornal, a cada ano 37 milhões
de barris de petróleo são refinados
para a produção de embalagens plásticas
no país.
As medidas fazem parte de uma campanha maior que
inclui outras iniciativas, como a possível
aplicação de tributos para desestimular
a produção e venda de sacos plásticos.
As autoridades também pretendem estabelecer
um mecanismo para monitorar a proibição
da distribuição gratuita e criar incentivos
para que os catadores de lixo resgatem mais sacolas
plásticas para reciclagem.
Hong Kong
Em novembro do ano passado, uma rede de supermercados
no território de Hong Kong fracassou ao tentar
implementar voluntariamente uma restrição
semelhante.
As lojas passaram a cobrar vinte centavos de dólares
de Hong Kong (cerca de R$ 0,04) pelos sacos plásticos.
Mas em poucos dias a rede teve de voltar a distribuir
gratuitamente os saquinhos depois que consumidores
irados acusaram o supermercado de utilizar a proteção
ao meio ambiente como desculpa para embolsar mais
dinheiro.
Atualmente o governo de Hong Kong estuda a criação
de um tributo de cinqüenta centavos (R$ 0,11)
sobre a unidade dasacola plástica.