Ainda nesta segunda, o presidente americano George
W. Bush fará o seu último discurso
anual do Estado da União e investidores estão
ansiosos para saber se o governo admitirá
que a economia americana poderá sofrer retração
em 2008.
Além
disso, começa nesta terça-feira
um encontro do Federal Reserve (Fed, banco central
americano) que deverá durar dois dias e
poderá resultar em novo corte na taxa de
juros.
Na
terça-feira passada, o Fed reduziu a taxa
de juros de 4,25% para 3,5%, um corte emergencial
de 0,75 ponto percentual devido à forte
queda nas bolsas do mundo todo.
Risco
de recessão
Em
Tóquio, o índice Nikkei fechou o
pregão em queda de 3,9%, depois que o banco
Goldman Sachs afirmou, em relatório, que
acredita que a economia japonesa já sofre
risco de recessão.
“Com
a contínua estagnação na
tendência de consumo e a crescente ameaça
às exportações japonesas
devido a uma economia global desacelerada, nossos
economistas agora prevêem que a probabilidade
de o Japão entrar em recessão aumentou
para 50%”, diz o documento.
Por
cotar ações de empresas que exportam
para os Estados Unidos e operar em uma moeda que
é atrelada ao dólar, a bolsa de
Hong Kong também teve forte queda. O índice
Hang Seng fechou em baixa de 4,25%.
Na
China, o SSE Composite de Xangai também
teve perdas acentuadas, fechando em baixa de 7,1%.
O
Kospi da Coréia do Sul fechou em baixa
de 3,8%. A bolsa de Jacarta, na Indonésia,
registrou queda de 1,75%.
Cingapura
e Taiwan são outras bolsas da região
que também terminaram a segunda-feira com
resultados negativos. O Straits Times ficou em
menos 3,9% e o Taiwan Weighted 3,2%
Às
14h30 do horário local (7h de Brasília),
o índice Sensex de Bombaim na Índia
operava em baixa de 2,4%.
A
tendência de queda foi acompanhada pelas
bolsas européias que começaram a
semana em baixa.
Às
9h30 de Londres (7h30 de Brasília), o índice
FTSE da Bolsa de Londres, registrava baixa de
1,12%, a bolsa de Frankfurt acumulava perdas de
1,11% e a de Paris operava em baixa de 1,46%.