Acusada
de controlar uma rede de prostituição
para executivos, de tráfico e posse de drogas
e de lavagem de dinheiro, a capixaba Andréia
Schwartz, de 32 anos, foi condenada, ontem, na Suprema
Corte de Nova York, a 18 meses de detenção.
Como já passou 20 meses presa, deve ser deportada,
nas próximas semanas, para o Brasil. Andréia
está na cadeia desde 1º de junho de
2006, quando estourou o escândalo, destaque
nos tablóides nova-iorquinos.
Um
acordo entre o advogado de defesa, Anthony Lombardino,
e o promotor Artie McConnell evitou que Andréia
ficasse mais anos na prisão, mas ela teve
de se declarar culpada nas acusações
de prostituição e posse de droga.
Nos casos de tráfico e lavagem de dinheiro,
a sentença poderia variar de 15 anos de
detenção a prisão perpétua.
Andréia
perdeu um apartamento no Central Park, avaliado
em US$ 1,2 milhão, e cerca de US$ 300 mil
foram confiscados de sua conta bancária.
Com os bens congelados, Andréia não
pagou fiança de US$ 500 mil e respondeu
ao processo presa. Pelo acordo, ela terá
direito apenas a pertences pessoais e a US$ 150
mil.
CILADA
No
tribunal, Andréia afirmou ao juiz Michael
Obus que nunca foi prostituta ou lésbica,
como foi divulgado, e se sentia pressionada a
aceitar o acordo. "As provas foram forjadas,
e o que apresentaram foi uma confissão
falsa", acrescentou.
Dois
dos policiais que a prenderam estavam na corte.
A brasileira deu a entender que caiu numa cilada
das autoridades - logo depois que ela se mudou
para o apartamento do Central Park, em fevereiro
de 2006, um policial conquistou sua confiança
e passou a investigá-la secretamente. O
juiz perguntou, então, se ela queria continuar
com o caso ou se aceitava o acordo. Andréia
optou pelo último.
No
depoimento à polícia, Andréia
admitiu que liderava uma rede de prostituição,
e os programas variavam de US$ 700 a US$ 1.500,
dependendo do número de parceiras que o
cliente quisesse. Ao ser presa, ela disse que,
desde 2001, tinha lucrado US$ 1,5 milhão
e investido parte do dinheiro no apartamento.
Os boatos sobre a fortuna da brasileira ganharam
corpo com a informação de que ela
estava comprando o 6º andar do antigo Plaza
Hotel, que já foi o mais luxuoso de Nova
York. Com o escândalo, o negócio
foi desfeito.