Ipirá,
conhecida como a "terra do bode",depois
da mudança da feira livre,para o centro de
abastecimento a carne de “bode e carneiro”,praticamente
desapareceram dos frigoríficos, supermercados
e açougues.
A base econômica de Ipirá é a
pecuária, com mais de 120 mil bovinos e uma
estimativa de 240 mil ovinos. Esta base produtiva
não está para ser implantada, ela já
existe e fomenta um mercado interno, que necessita
de um abate de mais de 500 ovinos, por semana, e garante
trabalho e renda para mais de mil pessoas. Hoje o
criatório de ovinos em Ipirá vive uma
crise e afeta sensivelmente todo o comércio
local.Cerca de R$ 80 mil reais não estão
circulado,por causa do abate clandestino de carne
de carneiro e bode.Depois da mudança da feira
livre, para o centro de abastecimento, inaugurado
no último dia 15 de maio,os comerciantes de
carneiro e bode estão vivendo uma das piores
crises.Um dos principais problemas apontados é
a falta de um abatedouro.Em Ipirá e Pintadas
o abate é realizado em Feira de Santana e encaminhado
em condições adequadas aos comerciantes.Os
comerciantes de carneiro afirmam não ter condições
de pagar, para abater o animal.A fiscalização
vem sendo realizada em conjunto pelo Ministério
Público Estadual, Agência de Defesa Agropecuária
da Bahia (Adab) e pela Vigilância Sanitária
Municipal,com o apoio da Policia Militar e Cael. A
Deputada Estadual Neuza Cadore , ressaltou em entrevista
a nossa equipe de reportagem ,durante a abertura da
Conferência Municipal da Cidades, realizada
em Ipirá no último dia (20), que se
nada for acertado, irá buscar uma solução
ao lado do prefeito de Ipirá, para ajudar os
comerciantes de carneiro , com o Governador Jaques
Wagner. |
Os
comerciantes estão desesperados e querem uma
solução imediata, para que a carne de
carneiro e bode voltem a ser comercializada em Ipirá.Os
comerciantes reconhecem que as condições
para a comercialização do produto não
são adequadas. Mas alegam que não possuem
condições para reformar os estabelecimentos
,comprar novos equipamentos e abater o animal em outra
cidade. É o caso de Maria Raimunda. Vontade
para melhorar seu ponto de venda não falta,
mas dinheiro sim. “. Mas a gente não
tem como comprar balcão de gelo e bandejas
para colocar a carne. O dinheiro que ganhamos mal
dá para sobreviver. E isso é a única
coisa que sei fazer”, afirma. Segundo o comerciante
Luís Carlos , uma instituição
bancária se reuniu com os açougueiros
e propôs um crédito para que eles pudessem
investir na melhoria dos equipamentos. Mas a classe
achou os juros muito altos e não aceitou. Com
isso, a situação continua a mesma, e
a comercialização da carne de carneiro
continua a ser feita de forma irregular. A forma de
como o comerciante vende a carne de carneiro em Ipirá
foi batizada "traficante de carneiro", o
vendedor diz bem baixinho, "vai um quilo aí
?".
"O prefeito do município Antônio
Diomário Gomes de Sá garantiu que, tomou
todas as providencias cabíveis e que nos próximos
meses, o município de Ipirá estará
abatendo o animal, no abatedouro que será construído,
com recursos do governo Federal e Municipal.
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