ENTIDADES DE CLASSE E PODER PÚBLICO
MUNICIPAL SE ORGANIZAM.
 
                 Manoel Hito
 
   
      A Delegada Federal do Ministério da Agricultura na Bahia, Maria Delean, deveria participar de uma reunião no plenário da Câmara de Vereadores de Ipirá nesta segunda-feira à tarde com as entidades de classe e representantes dos poderes executivo e legislativo. Todos os seguimentos da sociedade ipiraense se fizeram representar e no horário marcado, 14 horas, todos estavam presentes, mas a Delegada não compareceu, não justificou sua falta e nem se quer mandou um representante. Para não perder a oportunidade, os presentes resolveram abrir uma pauta e foi uma tarde muito proveitosa, pois vários assuntos foram discutidos como matadouro, usina de leite, prédio do fomento, construção de barragens entre outros assuntos.
Se fizeram presentes, pelo poder executivo, o secretário de agricultura Darlan Gomes dos Santos e o secretário de infra-estrutura José Reinaldo da Silva – Nado – pelo legislativo os vereadores Weima Fraga e Ademildo Almeida e as entidades de classe como Sicob Sertão Genelício Santiago, Jorge Luis B. Carneiro ACDI, Jucimar Marques ACLI, Joilson Mendes dos Santos ACU do São Roque, Juraci Oliveira JR – Jota – CMDRS, Mário César Santos STRI, Genesito Santiago COODAPI, entre outros, além de Elton Alves Sampaio EBDA, Washington Nóbrega ADAB, Julita Almeida Assessora da deputada Neuza Cadore e José de Assis do Conselho Municipal de Educação, que durante toda tarde discutiram em especial a implantação do matadouro e da usina de leite em Ipirá.
O matadouro já tem uma verba alocada de R$ 800 mil reais, uma empresa já ganhou a licitação, mas o CRA ainda não deu a permissão para começar as obras, e segundo Darlan Gomes, a burocracia tem sido muito grande na liberação desta permissão, também para a usina de leite, mas depois da obra pronta, vai ser preciso de mais cerca de R$ 1,2 milhões para adquirir os equipamentos para o matadouro. Mas os problemas não acabam ai. Quem administrará? O município já disse que não quer estar a frente da administração nem do matadouro nem da usina de leite e qual entidade está preparada para assumir este papel? A questão do consumo de água. Existe uma estimativa para cada boi abatido seja usado cerca de 1500 litros de água. De onde virá esta água já que do sistema de abastecimento da Embase é impossível atender esta demanda. Haverá animais suficientes para serem abatidos que compense o custo de operação?
O prédio do Fomento, hoje usado em sistema de comodato com o Ministério da Agricultura, pela COOMAI, esta sendo reivindicado pelo município, para que ali funcione a Secretaria de Agricultura e também pelas entidades para servir de sede central de todos os seguimentos comunitários, já que segundo eles, a COOMAI não mais existe de fato e o uso daquele prédio está obsoleto.
Muitos outros assuntos foram discutidos e no final, foi elaborada uma carta que será encaminhada a Delegada Federal da Agricultura Maria Delean, para que ela possa ter conhecimento que mesmo não estando presente, a reunião foi proveitosa e as entidades de classe e os podres públicos ipiraenses estão afinados na luta por melhores condições para a comunidade, em especial o homem do campo.
Nos próximos dias estaremos trazendo reportagens especiais de cada assunto discutido individualmente, a fala de cada um dos representantes, a realidade da luta das entidades. O matadouro será uma solução ou uma dor de cabeça? A usina de leite será viável e que benefício trará para a comunidade do Ipirazinho onde será implantada? O abastecimento de água de Ipirá de que forma é feita a capitação, os riscos de uma pane seca e o desabastecimento. Tudo isso e muito mais. Acompanhe aqui nos próximos dias.