MAIS DE 50 TAREFAS DE ÁRVORES DA RESERVA DA CABORONGA FORAM QUEIMADAS.
 
                 Manoel Hito
 
   
       Demonstrando que não tem nenhum compromisso social com o município de Ipirá, o senhor Ailton Souza da Silva, prefeito do vizinho município de Ipecaetá e proprietário da fazenda Burguea, também conhecida como fazenda do Mineiro, localizada na estrada da mata que liga Ipirá ao povoado de Nova Brasília, e com grande parte de suas terras dentro da Reserva Ecológica da Caboronga, colocou fogo na área que ele desmatou e que tinha sido denunciada por este site de notícias, não dando importância a ampla divulgação que foi dada quando os trabalhadores estavam derrubando as árvores e todos os seguimentos da sociedade ipiraense, a imprensa, câmara de vereadores, grupos ambientalistas, executivo municipal, promotoria pública e as associações comunitárias da região da Caboronga se levantaram para protestar e denunciar o crime ecológico.
Na última sexta-feira, feriado nacional, por volta das 14 horas, a comunidade ipiraense ficou estarrecida, pois por trás dos montes da Serra da Melancieira, subia uma dessa coluna de fumaça negra, denunciando que milhares de árvores e uma grande extensão da Reserva Ecológica da Caboronga estava sendo dizimada pelo fogo criminoso. Segundo relato de pessoas que vivem na região, era desesperador ver os animais, tatus, veados, bengos, cobras, coelhos, raposas, gambás, micos, gatos do mato, teiús e um grande número de espécie de aves, tentando fugir do fogo, mais muitos não conseguiram e morreram queimados. O fogo criminoso também se alastrou pelas fazendas vizinhas e destruiu pastos e cercas. Na fazenda Murici do senhor Aguinelo Borges, foram queimadas 70 tarefas de pastos, 10 tarefas de árvores da reserva da Caboronga, 30 tarefas de cercas, 500 estacas e morões. Na fazenda Escondida, do senhor Elivaldo Freitas Pereira foram destruídas 5 tarefas de mata virgem.
Ailton Souza da Silva, um criminoso ecológico, desafia a justiça, pois sabe ele que na condição de prefeito do município de Ipecaetá só pode ser processado pelo Tribunal de Justiça e ai sabe-se que levarão anos para se tomar uma decisão. Se quer ele ouviu sua filha Ana Paula, professora de biologia da FTC, alertada que foi por alguns alunos seus que residem ou trabalham em Ipirá e estavam acompanhando nossas denuncias.
Nos chegam mais informações e iremos averiguar, que na sede da fazenda chegaram alguns tratores da prefeitura de Ipecaetá para derrubar o restante da mata que o fogo não conseguiu destruir.
Quem poderá conter a sede perversa deste homem de destruir o pouco que restou de nossa reserva ecológica. Será que não existe nenhum meio legal que o impeça de acabar com o pouco que restou?