A Diretoria de Vigilância Epidemiológica
da Secretaria da Saúde faz uma série
de recomendações à população
e aos profissionais de saúde, com o objetivo
de evitar a possibilidade de reintrodução
do vírus do sarampo e a propagação
do vírus da rubéola no estado no período
de Carnaval, quando é grande o fluxo de turistas,
principalmente em Salvador.
Uma delas,
é a vacinação dos grupos considerados
de risco – viajantes, profissionais de turismo,
de saúde, do sexo, além da comunidade
aeroportuária, taxistas, rodoviários,
caminhoneiros, agricultores itinerantes e trabalhadores
do Carnaval.
A
enfermeira Fátima Guirra, coordenadora do Programa
de Imunização da Sesab, explica que
as medidas foram adotadas porque o estado enfrenta
um surto de rubéola desde setembro do ano passado,
com 114 casos confirmados, em 12 municípios.
No caso específico do sarampo, a enfermeira
adverte que a ocorrência de surto da doença
na Alemanha, com 95 casos confirmados, aumenta a probabilidade
de reintrodução do vírus, por
meio do turismo. “Durante a alta estação,
especialmente no Carnaval, o risco de ocorrência
de surtos de rubéola e sarampo aumenta por
conta da intensa aglomeração populacional”,
enfatiza.
Outras recomendações
A
notificação imediata e a investigação
dos casos suspeitos de sarampo e rubéola e
a vigilância intensificada nos portos, aeroportos,
rodoviárias, estações de transbordo
e circuitos carnavalescos, são condutas recomendadas
pelos técnicos da vigilância epidemiológica
para todos os profissionais de saúde, que também
devem realizar o bloqueio vacinal, frente aos casos
suspeitos das duas doenças, até 72 horas
da notificação.
A
Sesab vem desenvolvendo ações para o
controle de surtos das doenças, como a busca
ativa de casos suspeitos nas unidades de saúde
públicas e privadas e a intensificação
das ações de vacinação
de rotina, reforçando o acesso do grupo masculino
até 39 anos de idade e mulheres até
49 anos. As recomendações e orientações
da secretaria foram encaminhadas a todos os órgãos
que atuam na área de turismo, sindicatos de
taxistas e rodoviários, blocos carnavalescos,
entidades de classe dos profissionais de saúde
e diretorias regionais de Saúde, Central do
Carnaval, entre outros.
O
risco, associado ao surto de rubéola, está
relacionado ao aumento da incidência de casos
de síndrome da rubéola congênita,
conforme explica Fátima Guirra, acrescentando
que o vírus, ao infectar gestantes, é
transmitido ao feto pela placenta, podendo provocar
aborto espontâneo e malformações
congênitas. Na Bahia, até janeiro deste
ano, cinco gestantes foram infectadas pela rubéola.
Com relação ao sarampo, ela lembra que
o último surto da doença, na Bahia,
ocorreu em 2006, relacionado a vírus importado.
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