Fotos: Ipirá Negócios
Confira as fotos do evento em Ipirá, na sexta-feira, (04 de abril),
na Câmara de Vereadores de Ipirá.
 
Governo firma compromisso para ampliar o desenvolvimento
da Bacia do Jacuípe
 
       Com o compromisso de buscar recursos para ampliar o desenvolvimento dos municípios de Pintadas e Ipirá, ambos do Território da Bacia do Jacuípe, os secretários Ronald Lobato (Planejamento) e Afonso Florence (Desenvolvimento Urbano) conheceram iniciativas que exploram a cultura de caprinos, ovinos e bovinos no território. Em reuniões com produtores e lideranças locais, foram discutidas possibilidades de suporte do governo do Estado para atividades econômicas, viabilizando a articulação das cadeias produtivas.
        A visita, que ocorreu na sexta-feira (4), consolida a proposta de conciliar ações do governo com iniciativas da sociedade civil, visando o fortalecimento de cadeias produtivas e o combate à pobreza no semi-árido. Como saldo do encontro, os secretários confirmaram a construção de uma estrada asfaltada, ligando Pintadas à malha viária estadual, o que reduzirá custos do escoamento da produção e ampliará o potencial exportador do município.
        Já em Ipirá, a boa notícia será a parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) para qualificar profissionais ligados à atividade coureira. Dados da prefeitura indicam que o município emprega mais de 7 mil pessoas com a exploração do couro e produz cerca de 200 mil peças por mês, o que representa 20% da produção nacional.
         De acordo com Lobato, os municípios são exemplos de organização social em prol do desenvolvimento de arranjos produtivos, mesmo com uma participação pequena ou nula do estado. “Esta situação vai mudar porque acreditamos que o potencial do território tem sido contido por décadas e não vamos dar continuidade a esse entrave”, comenta, assegurando que o governo planeja um conjunto de ações integradas que busca o adensamento das cadeias produtivas, permitindo assim, que a economia regional ingresse numa escala produtiva nacional e internacional com bons produtos e com competitividade.
          Iniciativas – Um dos cases baianos de sucesso no quesito articulação é a Rede Pintadas. A iniciativa integra várias associações ligadas a movimentos sociais, pequenos empreendedores e prefeitura, que implementam projetos de geração de emprego e renda, abastecimento de água, qualificação profissional, proteção a grupos sociais vulneráveis, comunicação, cultura e microcrédito.
          Segundo o presidente da Cooperativa de Crédito Rural Pintadas (Sicoob Sertão), Milton Ramos, além de integrar as entidades em torno de um projeto comum, a Rede procura fortalecer a atuação de cada uma delas para descobrir novos parceiros.
           Um desses projetos, em vias de ser inaugurado, é o frigorífico para o abate inicial de 100 animais/dia, onde foram investidos R$ 2 milhões. Segundo Ramos, 60 produtores estão envolvidos no projeto atualmente, mas, até 2010, a expectativa é ampliar para 400.
           Na opinião do secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence, a expansão das atividades será mais rápida com a participação do Governo do Estado junto aos produtores locais e gestores da região para ações integradas que permitam o suporte à produção desde o início da cadeia até a industrialização. “Vemos nesta cooperativa uma resposta à época em que não existia nenhuma instituição financeira no local. Além de contribuir com a melhoria socioeconômica da região, houve um resgate da imagem cooperativista e a divulgação da importância do setor como instrumento para o desenvolvimento”, afirma.

                                                     Produção de couro

         O Brasil já conhece as bolsas, cintos e calçados de couro fabricados em Ipirá, município localizado a 211 quilômetros de Salvador. Entretanto, o couro é apenas uma das potencialidades do território da Bacia do Jacuípe, onde habitam 219,3 mil baianos.
          Em Ipirá, não foi à toa que o couro esteve no centro dos debates, já que os números da produção local se mostram bastante significativos. São cerca de 150 microempresas com um faturamento médio de R$ 3 milhões/mês e vendas para todo o território nacional. Para o secretário Ronald Lobato, o governo pode potencializar essa produção ao “oferecer tecnologia, participar de estudos de mercado e montar uma cadeia produtiva capaz de dar bons resultados para as pessoas que se envolvam no processo”.
           O Arranjo Produtivo Local (APL), ao qual se pretende agregar componentes sociais para transformá-lo em um Arranjo Sócio-Produtivo (ASP) de Artefatos de Couro, é o alicerce dos fabricantes de couro no que se refere à estrutura local. As cooperativas são fundamentais quanto à organização e viabilização dos meios produtivos, contribuindo para a geração de emprego e renda.

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07/04/2008
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