Oftalmologistas não respeitam a lei em Ipirá e Morro do Chapéu.
Cristina Ribeiro

Enquanto os optometristas defendem a chamada lei dos óculos, que exige a presença de um ''profissional óptico diplomado'' em estabelecimentos que vendem lentes de contato, armações e óculos de grau, de sol ou mesmo de segurança, alguns oftalmologistas, descartam a necessidade e comercializam armações e lentes no próprio consultório.
A falta de ética profissional vem predominando nos municípios de Ipirá e Morro do Chapéu, em duas óticas e um consultório médico. Os médicos Oftalmologistas e os proprietários não

respeitam a lei, que proíbe o atendimento de pacientes dentro das óticas e a comercialização de armações dentro de consultório médico. Segundo a lei, o oftalmologista não pode atuar dentro de óticas, as óticas não podem ter consultórios em suas dependências e os oftalmologistas não podem vender armações e lentes.

Nos municípios de Ipirá e Morro do Chapéu,constatamos duas óticas e três médicos, que não estão obedecendo a lei. Os oftalmologistas Saint Clar Malhado Barbosa, Cremeb 4387, atende na Ótica Princesa, Ubiratan de Melo Barroso, Cremeb 6770, na Ótica Diamante e José Mauro Macedo de Oliveira, Cremeb 8260, atende em cima da farmácia Bom Jesus, em Morro do Chapéu, estão trabalhando de forma errada, pois realizam dentro das óticas, exames de oftalmologia para prescrição de óculos e adaptação de lentes de contato, através da utilização de diversos equipamentos, em local não apropriado para este tipo de procedimento.

No município de Morro do Chapéu,o médico José Mauro Macedo de Oliveira, atende e comercializa armações. No local, José Mauro realiza exames oftalmológicos e vende as armações e lentes. O cliente, que faz consulta com José Mauro, é obrigado a comprar o óculos com o médico, para ter descontos nas armações ou na consulta,caso contrário, tem a receita retida pelo médico.

Ipirá-Drº Saint Clear Malhado Barbosa, atende dentro da ótica Princesa, toda quarta-feira, e a consulta chega a custar entre R$10 e R$ 20 reais, caso o cliente apresente um panfleto de descontos, distribuído pela ótica. A proprietária Cristiane da ótica Princesa, não quis falar sobre o assunto.

Na Ótica Diamante, o oftalmologista Ubiratan de Melo Barroso, atende no primeiro andar da ótica. Para se consultar, o paciente tem acesso por dentro da ótica, e a consulta custa R$ 70 reais, o cliente comprando ou não a armação no local. Procurado pela nossa reportagem, Ubiratam disse, que os custos para montar um consultório no local são muito caro, e pelo fato de atender uma vez na semana, Ubiratan não acha vantagem montar um consultório. No local, as despesas que custam mais de R$ 800 reais, são divididas entre a proprietária da Ótica Diamante e o médico Ubiratan.

O atendimento ilegal vem revoltando alguns empresários que trabalham com ética nas outras óticas, pois muitos trabalham de acordo com as exigências da lei, e nada vem sendo feito pela Vigilância Sanitária e pela Secretaria de Saúde local.

 
 
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