Os bancários da Caixa Econômica Federal na Bahia decidiram, em assembléia realizada na ultima terça-feira , entrar em greve por tempo indeterminado. Eles não acompanharam os votos dos funcionários do Banco do Brasil e dos bancos privados, que aceitaram a proposta de reajuste de 6% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos.Segundo o Samuel da Costa,representante do sidicato em Ipirá, além de insistir no reajuste de 10,3%, os servidores da CEF mantêm a pauta de reivindicação.No município de Ipirá a CEF atende cerca de oito cidades da região,Mairi,Pintadas,Baixa Grande,Mundo Novo,Várzea da Roça,Tapiramutá ,Serra Preta e Ipirá.Durante todo o dia os bancários estiveram na porta de entrada da agência, reivindicando o reajuste de 10,3%. Na agência da CXF de Ipirá a maioria dos funcionários residem em Feira de Santana á 99 km de distancia e com o corte do vale transporte os bancários sentem-se prejudicados.Os bancários pedem 10,3% de ajuste, PLR de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500, piso salarial de R$ 1.628,24, plano de cargos em todos os bancos, pagamento de 14º salário, cesta-alimentação e auxílio-creche de R$ 380.Segundo Samuel entre os entraves para os 70 mil funcionários da Caixa está o valor da PLR. No ano passado, eles receberam 80% do salário mais R$ 3.168. Neste ano, a Caixa ofereceu adicional de R$ 878. Os bancários também querem PCS (Plano de Cargos e Salário), isonomia entre os funcionários que ingressaram antes e depois de 1998 e contratação de 1.000 concursados por mês. Não há encontro marcado entre bancários e Caixa para renegociação. Samuel afirmou que a não realização de greve neste ano deve-se, principalmente, ao processo de negociação. Embora o reajuste aprovado (de 6%) tenha ficado distante da reivindicação (de 10,3%), Samuel afirmou que "segue uma tendência dos últimos quatro anos, de reajuste acima da inflação". "Em 2006, paramos por seis dias e conseguimos aumento real de 0,64%. Neste ano, conseguimos 1,2%", comparou.
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