“Essa
restrição compreende-se em virtude
do estágio contemporâneo do conhecimento
científico, que, por sinal, se vai libertando
dos grilhões materiais. Assim, de certa forma,
aproximando-se da Causa causarum, ou Causa das causas:
Deus, que é Espírito. ‘Desmaterializada
a Física’, os fundamentos científicos
da Termodinâmica haverão de perder
suas bases tradicionais, finalmente possibilitando
a descoberta da fórmula do Moto-Perpétuo,
sustentada nas novas concepções de
uma ciência que transcende a matéria.
O Espírito é a origem de tudo. Não
se trata de uma reação química
do corpo humano. Por ser eterno, infinita é
a sua energia, a qual se transforma em trabalho,
sem que se desgaste. O Espírito é
o Moto-Perpétuo. Deus é Espírito.
Portanto, Deus é o Moto-Contínuo.
“Pelo
prisma espiritual, o Moto-Perpétuo não
é impossível de ser concebido, o que
se dará a partir da compreensão científica
do Mandamento Novo de Jesus, ou seja, o Amor elevado
à potência infinita (Evangelho, segundo
João, 13:34 e 35; 15:12 a 17 e 9). Essa Lei
revelada pelo Cristo significa, pois, ‘a essência
de Deus’, na conclusão de Alziro Zarur
(1914-1979). O Universo (e o que poderá tê-lo
antecedido) é impulsionado por qual energia?
Pelo Moto-Perpétuo, ou seja, o Espírito
Divino, que a Ciência, na época apropriada,
desvendará e da qual possivelmente fará
o resumo na forma de uma extraordinária equação.
Max Planck (1858-1947), com a Ciência Quântica,
e Albert Einstein, com a Teoria da Relatividade,
deram, no mundo moderno, a partida para o grande
feito, que a filosofia dos gregos tangenciou e a
mística (bramânica e budista) há
muito vem apontando. Um dos maiores óbices
a serem vencidos pelos Seres Humanos na grande trajetória
para a compreensão de Deus, sob o ponto de
vista da Ciência, é deliberar a respeito
de que estão pesquisando: sobre Que ou Quem?
Ou sobre o Deus Quem e/ou Quê? (não
o quê, como uma lata na rua, ou um pedaço
de papel rasgado), todavia um Quê Divino,
o qual, quando a Ciência O decifrar, abrir-lhe-á
horizontes em dimensões múltiplas
da Sabedoria e da Moral quintessenciadas. Questões
que instigaram estudiosos do quilate de filósofos,
como o brasileiro Huberto Rohden (1893-1981) e o
italiano Pietro Ubaldi (1886-1972).”
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