Crise provoca queda da circulação de
jornais em janeiro.
Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro
08-03-09
 
O ano de 2009 não começou bem para o mercado de jornais impressos. Conforme Milton Coelho da Graça adiantou nesta segunda-feira (09/03) em sua coluna Extra! Extra!, o setor apresentou queda na circulação em janeiro quando comparado com o mesmo mês de 2008. A diminuição foi de 1,4%, alcançando um total de 4.249.950, contra 4.310.245 no ano anterior.

De acordo com o diretor-executivo da Associação Nacional de   Jornais,   Ricardo    Pedreira,
o resultado obtido em janeiro deste ano tem relação direta com a crise que afeta a economia brasileira.

“Tradicionalmente a circulação de jornais está diretamente relacionada com o desempenho da economia. Na medida em que a economia cresce, a circulação aumenta; quando há uma desaceleração, a circulação diminui”, explica.

Entre os dez maiores jornais do País a situação é pior. A queda é de 4,67%, de 2.301.276 em janeiro de 2008 para 2.193.775 neste ano. O Extra foi quem mais perdeu leitores, quase 60 mil, com variação negativa de 19,2%. O Estado de S. Paulo vem logo atrás, com diminuição de 15,42% na circulação, o que representa cerca de 40 mil exemplares.

O Globo e a Folha de S. Paulo também     tiveram     diminuição     na
circulação. O diário carioca apresentou queda de 8,61%, cerca de 25 mil exemplares. No jornal paulista, a diminuição foi de aproximadamente cinco mil exemplares, ou 1,6%.

Pedreira informa que a ANJ já esperava a queda na circulação de jornais e os números de janeiro confirmaram as expectativas. Entretanto, considera prematura qualquer análise sobre o comportamento do mercado ao longo do ano, já que a situação deve ser revertida tão logo a economia brasileira se recupere.

Em 2008, o mercado apresentou crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Entretanto, no final do ano já apresentava sinais de desaceleração, com o mês de dezembro tendo a menor média de circulação. Os números são do Instituto Verificador de Circulação.
 

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