Os
mercados europeus vivem mais um dia de pânico
nesta sexta-feira (10). Depois de uma quinta-feira
de comparativa tranqüilidade, as bolsas do
continente voltam a despencar, em um dos piores
dias desde o início da turbulência
provocada pela instabilidade da economia dos Estados
Unidos.
Por
volta das 8h30 (horário de Brasília),
a bolsa de Londres recuava 7,14%. Em Paris, o CAC
40 perdia 7,77%; na Alemanha, o DAX caía
8,23%. Já o indicador espanhol Ibex recuava
7,35%.
Os
mercados acompanham as perdas registradas na véspera
pela Bolsa de Nova York. Depois de apresentar perdas
moderadas ao longo do dia, o Índice Dow Jones
- principal indicador do mercado de Nova York -
intensificou sua queda no final do dia e desmoronou
7,33%, a 8.579 pontos, em meio aos números
negativos de algumas das maiores empresas do país
e de temores que o corte coordenado de juros das
principais economias mundiais possa não ser
ser suficiente para impedir uma recessão
global.
“É
uma completa perda de confiança”, disse
o gerente geral da Fulbright Securities em Hong
Kong, Francis Lun. “Acho que o mercado ainda
está procurando pelo fundo do poço,
procurando suporte, e o fundo não virá
até que os investidores estejam convencidos
de que a estabilidade voltou aos mercados financeiros.
Nesse momento, na Europa e nos Estados Unidos os
mercados financeiros estão em turbulência.”
Ásia
Contaminadas
pela crise financeira global, as bolsas asiáticas
encerraram a última sessão da semana
em forte queda. Ao longo do dia, o mercado da Ásia
viveu momentos assustadores.
Em
Tóquio, o índice Nikkei chegou a recuar
11,38%, ameaçando romper a barreira negativa
dos 8 mil pontos, cerca de meia hora após
o início do pregão. Na metade do dia,
o indicador mostrou pouca recuperação
e registrava perdas de 9,42%. Acabou fechando no
vermelho de 9,62%, seu pior desempenho desde 28
de maio de 2003.
Numa
tentativa de alavancar o mercado, o Banco do Japão
(BOJ) forneceu 3,5 trilhões de ienes (US$
35,4 bilhões) para aliviar a situação
do setor financeiro, informou a agência de
notícias “Kyodo”. Este é
o 18º dia consecutivo em que o BOJ realiza
uma provisão bilionária de emergência
no sistema japonês de investimentos.
A
turbulência financeira internacional derrubou
a companhia de seguros japonesa Yamato Life Insurance,
que pediu a proteção da lei de falências,
anunciou nesta sexta a Agência de Serviços
Financeiros. “Os dirigentes da Yamato entregaram
um dossiê à Agência de Serviços
Financeiros (ASF) para pedir a proteção
da lei de falências”, afirmou um funcionário
do órgão estatal.
Em
Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou em
queda acentuada de 7,19%. Em Seul, a bolsa sul-coreana
mergulhou 4,13%. A Bolsa de Valores de Xangai resistiu
aos índices alarmantes dos principais mercados
asiáticos, mas também encerrou o pregão
no vermelho: 3,57%.
As
autoridades reguladoras dos mercados russos impediram
que as bolsas de Moscou, uma cotada em dólares
(RTS) e outra em rublos (Micex), abrissem esta sexta
por causa da forte queda do mercado asiático.
Com
informações da Efe, BBC e France Presse
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