(TCE)
e da União (TCU) e de políticos
que respondem a ações criminais
abertas pelo Ministério Público
Estadual (MPE).
Além disso, outros 653 políticos
possuem pendências nestes órgãos,
mas não são candidatos – o
que totaliza 772 gestores e ex-gestores baianos
com ficha suja, somando-se candidatos e não-candidatos.
Dentre
os 119 postulantes a prefeito com ficha suja,
54 tiveram problemas no registro de suas candidaturas,
as quais ainda podem ser canceladas. Os pedidos
de impugnação serão julgados
até 16 de agosto em primeira instância.
Após
essa decisão, os candidatos ainda podem
recorrer aos tribunais superiores e, assim, não
ficam impedidos de concorrer. “Caso um deles
se eleja e depois disso o juiz decida por negar
a candidatura, ele perderá o cargo”,
esclareceu José de Souza Filho, coordenador
do Centro de Apoio Eleitoral do MPE.
Quem
responde ao maior número de processos é
José Mauro de Oliveira Filho (PMDB), que
tenta a reeleição na Prefeitura
de Queimadas, a 300 km de Salvador. São
12: quatro ações criminais tramitando
no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA),
duas contas rejeitadas pelo TCM e seis contas
desaprovadas pelo TCU. Sua candidatura ainda não
foi aprovada. O prefeito José Mauro ficou
conhecido por ter doado uma praça a um
cigano, no início deste ano. O prefeito
foi procurado por A TARDE por telefone, mas não
foi localizado.
Em
segundo e terceiro lugares no ranking dos fichas
sujas, estão José Eliotério
da Silva (PDT), com uma ação criminal
no TJ-BA, uma conta rejeitada pelo TCM e seis
contas desaprovadas pelo TCU, e Márcia
Cavalcanti Carneiro Dias (PMDB), com seis ações
criminais no TJ-BA. São candidatos, respectivamente,
em Araci e em Mata de São João,
a 210 e 90 km de Salvador.
Já
o candidato de Morro do Chapéu, a 388 km
de Salvador, Aliomar da Rocha Soares (PMDB), é
o que responde ao maior número de processos
entre aqueles que já tiveram a candidatura
aprovada. São duas ações
criminais no TJ-BA, uma conta rejeitada no TCM
e duas contas rejeitadas pelo TCU. Procurado por
A TARDE, ele não foi encontrado para se
explicar.
O
partido campeão de candidatos com ficha
suja é o PMDB, com 39. O presidente estadual
da legenda, Lúcio Vieira Lima, afirmou
que só poderia opinar sobre o fato analisando
caso a caso. “Muitas vezes as contas são
rejeitadas por causa de detalhes. Não podemos
entrar nessa paranóia de fichas sujas,
porque a lei diz que o processo precisa transitar
em julgado para anular a candidatura”, disse.
Depois do PMDB, vêm o DEM, com 19 candidatos,
e o PSDB com 13 candidatos.